não estamos no facebook. nem no linkedin. nem no hi5. nem no twitter. nem no messenger. nem no livelink. estamos aqui e ali ao lado, naquela banquinha a que um dia chamaram vida. mas temos e.mail: theheartcompanion@hotmail.com somos moderadamente modernos.
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pelo canto do olho, num restaurante de ocasião, atinge-me a imagem, sem som, de pep guardiola, o rapaz treinador do barcelona, no final do jogo que consagrou a mais perfeita época da história de uma equipa de futebol: campeão de espanha, vencedor da taça do rei e da supertaça espanhola, vencedor da liga dos campeões europeus, da supertaça europeia e, agora, do mundial de clubes. 6 títulos numa época, uma espécie de poker sobre poker sobre poker, para um rapaz pouco mais velho do que eu.
as lágrimas de guardiola, no final, mereciam um poema. elas são uma ode a uma certa ideia de sucesso: ganhar, jogando sempre bonito, tornando a vida dos espectadores mais bonita, olhar o futebol como arte, criar comunhão em torno de um ideal positivo.
pep guardiola é um senhor. um perfeccionista do trabalho e do conhecimento. um gestor de talentos e caprichos. um rapaz vertical. quando olho para outros exemplos, via madrid ou via milão, por exemplo, vejo que, afinal, é possível outro caminho.
por isso mesmo, as lágrimas de guardiola são poesia pura, memória deste natal, uma prenda que alguns de nós receberam. daqui a uns anos, perceberemos todos porquê..