- shall we never sink alone -
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
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mais uma estrela desse firmamento que foi o período de ouro do star system americano que deixou de brilhar. a senhora jean simmons, candidata duas vezes ao óscar de melhor actriz, deixou-nos, há poucos dias. para a maior parte de nós, a memória que resta é, com optimismo, uma vaga lembrança dos filmes de domingo à tarde ou de algum obscuro ciclo da rtp2.
um tempo houve em que não havia a indústria do futebol, nem pop stars. em que não existiam super-desportistas hiper-mediatizados, nem top models à escala global. nesses dias, nesses anos, o star system de hollywood era a ferramenta mais poderosa de marketing, sem ser exactamente e apenas uma mera ferramenta de marketing.
jean simmons, que nem sequer pertencia à first league, digamos assim, teve uma carreira assinalável, meritória e desempenhos de grande qualidade num punhado de filmes.
lembro-me dela por causa de um filme de hitchcock, o cineasta que me fez, em boa verdade, descobrir e apaixonar por essa coisa que os cahiers du cinèma haveriam de crismar como 'cinema de autor'.
e lembro-me igualmente dela por causa de umas palavras lidas na diagonal, num dos obituários dados à estampa, por estes dias. dizia qualquer coisa como:
'a minha carreira? a minha carreira teve, como todas, altos e baixos. mas a minha carreira foi, basicamente, uma coisa maravilhosa.'
a candura de uma senhora é assim. uma frase banal e estamos de joelhos, rendidos.
jean simmons, como esse cinema de que tanto gosto, são, para mim, uma coisa assim: uma coisa simplesmente maravilhosa.
Posted by
gi