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(escreves ao som de no cars go, dos arcade fire, divinos estetas em busca do santo graal, a canção perfeita e redentora, a canção que faz rebentar diques de ternura, a canção a canção a canção que me mostraste no teu carro utilitário, no final de mais uma longa e cruelmente curta hora de almoço, nesses tempos idos em que soeiros e carros rimavam com lágrimas nocturnas e sms rasgando a alta noite)

ia dizer-te, querida júlia, que, quase 6 meses depois do dilúvio, há, pela primeira vez, o pontilhado (a base e blush, rimel e coisas assim..) feminino a emergir. infelizmente, reina a confusão, os mal-entendidos, a violência gráfica das meias-tintas que me despedaçaram todos os sonhos. o reino da ambiguidade contemporânea. eu sou, eu estou agora, uma espécie de home based bachelor, querida júlia. e, pelos vistos, apesar de não o ser por escolha, é assim que vou permanecer, mais uns tempos.

o mundo não está para amores. o mundo não está para affairs. o mundo.. o mundo já se finou e esqueceu-se de nos avisar, a nós, os últimos dos crentes.

rai's parta isto tudo.