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para além de belíssimo, neste frame encontramos tudo o que há a dizer. 15 dias depois, quase 100 posts depois, o 'the heart companion', a sua essência, podem ser encontrados aqui. cada um que saiba ler ou ver ou sentir (até escutar). cada um, se assim desejar, que construa o filme que está antes e que está depois - e que está para além, em boa verdade - do que nesta quadrícula ficou registado para todo o sempre.

porque, às vezes, tudo o que é preciso saber é de uma simplicidade criminosa. entra-nos pelos olhos-e-coração-e-sentidos dentro e, mesmo assim, somos incapazes de a perceber. por isso reitero: criminosa. sem dolo, mas com direito a sermos julgados na mesma. as coisas são o que são.

quanto a ti, pedro costa (este frame é retirado de um dos teus filmes), só tenho a dizer que essa tua sobrenatural exigência ética, essa resistência contra (quase) tudo e contra (quase) todos é em si uma obra de arte, um estado de desenvolvimento humano desfasado desta curva do tempo mas gloriosamente belo.


apostilha: sim, eu reparei. o perfil do pedro hestnes saído da adolescência é um bocadinho parecido com o rapaz que eu fui. as coisas são o que são, já vos disse? por isso, o melhor é não forçar e complexificar o que é passível de uma interpretação simples e directa. as coincidências são tramadas. às vezes, quase que nos fazem tropeçar numa espécie de sentido.