- shall we never sink alone -
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terça-feira, 22 de setembro de 2009
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querida júlia,
com a canção acima começou essa formidável aventura que foi a 'estação de inverno'. hoje, por acaso, encontro-me a escutar um dos programas que, em modo aleatório, foram alimentando a grelha de verão da gentil rádio zero - espécie de 'em repeat' estival.
pergunto-me, querida júlia, vezes sem conta: como foi possível criar uma coisa como a 'estação'? como foi possível, Deus meu? sabes, querida júlia, não raro caem-me lágrimas em filigrana, quando escuto a 'estação'. é-me difícil explicar, mesmo a ti que tão bem me conheces. é por isso que a 'estação' não pode sobreviver. porque eu tenho que sobreviver à 'estação', entendes?
sabes, querida júlia, este verão gelado trouxe muitas ironias. uma delas, por exemplo, foi saber que uma rádio nacional de referência estreou um programa nocturno que, dir-se-ia, se inspirou em medida generosa na nossa pequenina 'estação'. irónico elogio, esse pseudo-plágio, não te parece? fiquemo-nos antes pela mais educada e mais pleonástica expressão 'livremente inspirado em'.
querida júlia, hoje o rui pires cabral está particularmente certeiro naquela minha voz que já não volta. particularmente brutal
homens que ferem, para não chorar
querida júlia, talvez, afinal, seja essa a chave
mulheres que ferem, para não chorar
ao menos, querida júlia, que seja assim. ao menos, que seja essa a razão para tantas e tão longas facas.
Posted by
gi