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todas as manhãs, passo rente à entrada das visitas - familiares e amigos, essa formulação das horas boas e más - que aguardam a abertura de portas, para a visita aos reclusos do 'estabelecimento prisional de lisboa'.

não basta  o que basta, aquelas pessoas - pessoas como nós, convém nunca esquecer - têm que aguardar, do lado de fora, faça chuva ou sol, pela início da função. e, principalmente, são sujeitas à violência de serem vistas, à porta, por quem passa, 90% ao volante dos seus bólides pagos pela empresa.

uma sociedade desenvolvida vê-se pelos detalhes. por exemplo, pelo número de pequenas violências pelo qual faz passar os seus cidadãos.

depois queixem-se de o ressentimento ser um dos principais motores da história.