a pergunta é: como é que um tipo entra numa simpática livraria, tem uma simpática conversa, percorre com o olhar em modo de varrimento as simpáticas prateleiras, sorri perante muito simpáticos dvd's - prontinhos para um natal cheinho de simpatia e de bom-gosto - e, de repente, sobrevive a um livro que fala sobre si próprio. não, não é metáfora. é, antes e muito provavelmente, o único livro editado em portugal em que o tipo em questão aparece como personagem.
e perguntam vocês: e ficaste bem, estimado escriba, na fotografia? era ela, afinal, também simpática, para rimar com tudo o mais?
e respondo eu: a fotografia, como, de resto, tudo em que toco, era de ir às lágrimas. um monumento em memória de um fantasma, um has been, john nobody, a fool.
e pergunto eu, outra vez, se me dão licença: como é que um tipo sobrevive a uma coisa assim, sem descarrilar?
boa pergunta.
- shall we never sink alone -
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