com que então, minha querida senhora, faz parte. com que então, minha estimada amiga, as coisas são mesmo assim. com que então, minha mui ilustre companheira, é normal. com que então, minha caríssima senhorita, e cito-a, 'foi bem feita'. como é que é mesmo? ah, já me lembro, pois, exacto. há pessoas assim. querem uma coisa. se ela não é dada nos precisos termos e timings que unilateralmente definiram isso é considerado 'justa causa para despedimento'. e nós, claro, temos que entender que as coisas são o que são, que as coisas, lá está, são assim mesmo. não, as coisas não são assim. não, as coisas não têm que ser assim. há outras formas, outros modos, de conduzir a vida. e, sim, envolvem sacrifício pessoal. sentido estratégico. valores fortes. um certo anti-hedonismo, muito pouco contemporâneo. um absoluto - mesmo que doloroso - respeito pelo outro. antiquado? pois sim. utópico? pois claro. naif? pois certamente. louco? claro. as coisas são o que são, digo para mim próprio, todos os dias. e as coisas não são o que são, escuto, através do vento e dos pássaros, todas as noites. as coisas são e não são como são. e é essa subtil e muito ténue 'nuance' que faz a diferença. para quem? boa pergunta. ou então, em vez disso, escutar aquele tipo dizendo: goza tudo o que puderes, o mais possível, respeita-te a ti e só a ti, no fundo é isso que deves tirar da vida. não, não concordo, lamento muito. lamento por mim, porque sei perfeitamente a dor que isso causa. mas não tenho outra escolha. ou melhor, talvez não queira ter outra escolha. e isto, talvez de forma anacrónica, bizantina, old fashioned, também é viver. i did it wrongly? perhaps. it's all mixed up? probably. almost a dead end? so it seems. but i did it my way. (quanto a ti, ilustre amiga, tem mais cuidado com as palavras e os juízos precipitados e mal informados. não, não 'foi bem feita'. foi apenas humano. e desumano. mas as coisas desumanas são também humanas. por isso, há que tentar compreender. seguir em frente. mas revisionismo histórico, não obrigado. a bem do futuro. e porque perdoar não equivale a esquecer.)
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
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com que então, minha querida senhora, faz parte. com que então, minha estimada amiga, as coisas são mesmo assim. com que então, minha mui ilustre companheira, é normal. com que então, minha caríssima senhorita, e cito-a, 'foi bem feita'. como é que é mesmo? ah, já me lembro, pois, exacto. há pessoas assim. querem uma coisa. se ela não é dada nos precisos termos e timings que unilateralmente definiram isso é considerado 'justa causa para despedimento'. e nós, claro, temos que entender que as coisas são o que são, que as coisas, lá está, são assim mesmo. não, as coisas não são assim. não, as coisas não têm que ser assim. há outras formas, outros modos, de conduzir a vida. e, sim, envolvem sacrifício pessoal. sentido estratégico. valores fortes. um certo anti-hedonismo, muito pouco contemporâneo. um absoluto - mesmo que doloroso - respeito pelo outro. antiquado? pois sim. utópico? pois claro. naif? pois certamente. louco? claro. as coisas são o que são, digo para mim próprio, todos os dias. e as coisas não são o que são, escuto, através do vento e dos pássaros, todas as noites. as coisas são e não são como são. e é essa subtil e muito ténue 'nuance' que faz a diferença. para quem? boa pergunta. ou então, em vez disso, escutar aquele tipo dizendo: goza tudo o que puderes, o mais possível, respeita-te a ti e só a ti, no fundo é isso que deves tirar da vida. não, não concordo, lamento muito. lamento por mim, porque sei perfeitamente a dor que isso causa. mas não tenho outra escolha. ou melhor, talvez não queira ter outra escolha. e isto, talvez de forma anacrónica, bizantina, old fashioned, também é viver. i did it wrongly? perhaps. it's all mixed up? probably. almost a dead end? so it seems. but i did it my way. (quanto a ti, ilustre amiga, tem mais cuidado com as palavras e os juízos precipitados e mal informados. não, não 'foi bem feita'. foi apenas humano. e desumano. mas as coisas desumanas são também humanas. por isso, há que tentar compreender. seguir em frente. mas revisionismo histórico, não obrigado. a bem do futuro. e porque perdoar não equivale a esquecer.)
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gi