- shall we never sink alone -

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

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o senhor john darnielle, alma mater dos the mountain goats, é um rapaz que tem a minha idade. na última década, após vários projectos mais ou menos obscuros, mais ou menos experimentalistas (para o que haveria de vir), instalou-se aos comandos dos the mountain goats e lançou ao mundo meia-dúzia de discos de elevadíssima consistência.

john darnielle é um letrista inspirado, com uma escrita seca e cortante, talvez bebida nos mestres americanos da 'short story'. é também um melodista de se lhe tirar o chapéu - não raro, as suas canções cativam-nos pelo lado musical, de efeito imediato mas nunca cedendo ao que é fácil. no fundo, como toda a boa música pop-rock, digamos assim.

algures, a vida de john darnielle não lhe terá corrido exactamente bem. lê-se que a saúde lhe pregou uma partida. talvez sim. o que intuímos, e basta atentar nas letras (muitas delas contendo uma violência surda, uma espécie de desespero manso e inconsequente), é que terá havido, terá a ver, com mais do que isso. apesar de sabermos bem que isso é o fundamental, pela negativa (quando não temos saúde).

há muitos discos dos the mountain goats óptimos. e, todos eles, contêm algures, canções soberbas. o género de banda de que não esperamos um 'best of' mas que, se algum dia surgisse, seria imaculado, tal o número de canções que vale (mesmo) a pena escutar.

john darnielle, repetimos, tem 37 anos. não sabemos se tem mais alguma coisa, pouco conhecemos da sua biografia, das suas aspirações, dos seus 'issues'. mas tem os the mountain goats. o que é alguma coisa, convenhamos.

nós, 37 anos, não temos quase nada. vamos tendo saúde. e, pensando melhor, temos os the mountain goats.

convenhamos: é alguma coisa.


sax rohmer #1



fog lifts from the harbor
dawn goes down to day
an agent crests the shadows

of a nearby alleyway


piles of broken bricks
signposts on the path
every moment points toward
the aftermath, yeah

sailors straggle back
from their nights out on the town

hopeless urchins from the city
gather around


spies from imperial china
wash in with the tide

every battle heads toward
surrender on both sides

and i am coming home to you
with my own blood in my mouth
and i am coming home to you

if it's the last thing that i do


bells ring in the tower
wolves howl in the hills
chalkmarks show up
on a few high windowsills

and a rabbit gives up somewhere
and a dozen hawks descend

every moment leads toward
its own sad end, yeah

ships loosed from their moorings
capsize and then they're gone
sailors with no captains watch a while
and then move on

and an agent crests the shadows
and i head in her direction
all roads lead toward
the same blocked intersection


iam coming home to you
with my own blood in my mouth
and i am coming home to you
if it's the last thing that i do

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