- shall we never sink alone -

não estamos no facebook. nem no linkedin. nem no hi5. nem no twitter. nem no messenger. nem no livelink. estamos aqui e ali ao lado, naquela banquinha a que um dia chamaram vida. mas temos e.mail: theheartcompanion@hotmail.com somos moderadamente modernos.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

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"reclined amongst these packs of reasons
for to smokes the days away into the evenings
all these poses of classical torture
ruined my mind like a snake in the orchard
i did go from wanting to be someone now
i'm drunk and wearing flip - flops on fifth avenue
once you've fallen from classical virtue
won't have a soul for to wake up and hold you"




oito horas e quarenta cinco minutos da manhã, na rubrica 'em repeat', da rádio radar, lisboa, escuto-me. resquícios da minha visita a essa rádio, há uns anos atrás, para gravar uma das primeiras edições do programa 'a hora do bolo' (basicamente, uma hora de canções, escolhidas e contextualizadas pelos ouvintes). nessa altura, gravei também uma mão-cheia de contributos para o 'em repeat'.

no outono de 2006, eu tinha 34 anos. tinha vivido já muito, mas não adivinhava - não podia adivinhar - o que 'vinha aí'.

neste outono de 2009, eu tenho 37 anos. vivi já muito, mas não adivinho - não posso adivinhar - o que 'vem aí'.

entre 2006 e 2009, construi micro-impérios vários, todos eles hoje pertencendo ao obscuro reino do pó ('dust & shadows').

poderia ficar por aqui, e já era muito. mas há mais, meus amigos. há sempre mais.

por exemplo: em 2012 terei, se Deus assim quiser, 40 anos (fuck. desculpem. fuck, fuck, fuck. desculpem, desculpem, desculpem.) a pergunta, portanto, é: que direi eu, nessa altura, sobre este novo triénio que se inicia agora? esqueçam tudo o que vos disse: não quero saber, não posso saber, gosto de não saber - só assim posso sobreviver, certo.

poderia ficar por aqui, e já era muitíssimo. mas há mais, amigos meus. há sempre muito mais.

por exemplo: qual foi a canção escolhida, em 2006, e hoje repetida? rufus wainwright e sua soberba 'poses', do disco homónimo.

diz coisas assim: 'once you've fallen from classical virtue'.. e significa, quer-me parecer, que nos podemos esconder, mas não podemos fugir. de quem? do quê? de nós próprios. e do que somos.

fuck. ou, em português, estou.. you know what.

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