almoço de reencontro com uma pessoa com quem trabalhámos no passado - ele como fornecedor de serviços, na área da formação; eu, no papel de cliente. sempre simpatizámos, creio não mentir, um com o outro.
por coisas da vida (é sempre esta a razão, não é?), não nos víamos há coisa de dois anos. a conversa fluiu sem dificuldades pela situação económica, mas também por tópicos algo sensíveis como a análise do espectro político-partidário, a partilha de algumas ideias de negócio (mais do lado dele, se formos verdadeiros), a paixão em fase de arrefecimento comum pelo sporting, o estado das coisas na vizinha espanha, as diferenças entre a geração dos vintes, a nossa e a dele (todas estas têm entre si intervalos de uma década, de forma aproximada).
ficaram-nos, claro está, várias coisas deste simpático almoço. o começo "mais business" e o fecho "mais pessoal e informal" (gostamos..); a sua referência ao facto de acreditar que "os comboios não passam à nossa porta; nós é que temos que os procurar" (discutível, mas ligeiramente perturbante para nós..); o facto de, neste último ano, ter andado "entretido" a debelar um (sério) problema de saúde, que carece de controlo rigoroso e que deixou umas certas sequelas (não gostamos. e perturbou-nos a sério..).
reconhecer, a meio de uma conversa amena, civilizada, inteligente:
1. a possibilidade provável de um grande erro estratégico na nossa vida poder ser, de certo modo, ilustrado pelo quase aforismo dos comboios..
2. a possibilidade de a saúde, num golpe do destino, pôr tudo em causa.. ainda mais..
..deixou-me gelado.
nota mental: comprar agasalhos para a estação. viva a santa metáfora.
- shall we never sink alone -
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