não sabermos se aquilo que mais dói hoje
nos doerá menos amanhã.
não sabermos se a mesma impossibilidade
atravessa espaço e tempo.
não sabermos se estás (estás?) tão longe daqui
como a actriz italiana
que não sei se viva ou morta
(nem afinal isso importa.)
sabermos, isso sim,
que o verso de joseph brodsky
é violento - por ser tão real.
que o cinema é, afinal, possível sem ti, mónica,
tal como a vida lá fora parece tão terrivelmente possível
sem nós.