- shall we never sink alone -

não estamos no facebook. nem no linkedin. nem no hi5. nem no twitter. nem no messenger. nem no livelink. estamos aqui e ali ao lado, naquela banquinha a que um dia chamaram vida. mas temos e.mail: theheartcompanion@hotmail.com somos moderadamente modernos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

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ser do sporting é todo um programa de vida.
ser do sporting é pensar que se tem um pedigree qualquer, sabendo-se que se tem um pedigree qualquer, sabendo-se que esse pedigree qualquer não serve para nada.
ser do sporting é estar habituado às vitórias morais (perdemos, mas ao menos..); é tolerar as derrotas morais (ganhámos, mas devíamos ter perdido); é estar-se viciado num juízo moral que se sobrepôe à verdade crua dos factos (o que conta são os resultados. é isso que os almanaques daqui a muitos anos referirão.).
ser do sporting é ter a mania de que é possível ganhar a guerra, negando as suas próprias regras, reiventando o instinto bélico e reinterpretando-o como gesta heróica, plena de lirismo e polvilhada de poesia.
ser do sporting é lembrar tróia, atenas, esparta, todos os grandes impérios sumidos dos mapas, as civilizações antigas movidas a violinos. ser do sporting é ser anti-moderno.
ser do sporting é gostar da melancolia, integrar uma espécie de menorização auto-imposta com placidez e ter um orgulho irracional nessa diferença que só limita.
ser do sporting é abominar a velocidade frenética, o imediatismo populista, a pirotecnia popularucha, as teorias sobre a eficiência e a praxis que conduz, num contexto muito específico e ao mesmo tempo muito generalista, ao primado da eficácia.
ser do sporting é cultivar análises virtuosas, desenvolver cenários ultra-complexos, aplicar princípios de filosofia existencial ao governo das sociedades desportivas.
ser do sporting é uma dor de alma, um reino de sonhos adiados, um culto insano e inconsequente.

eu sou do sporting. ou melhor, eu sou o sporting. e o sporting sou eu.

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